As primeiras lições de fantasia que a levaram para o caminho da poesia vieram da babá Pedrina, uma senhora negra que lhe contava histórias do folclore brasileiro. Da avó açoriana, herdou o fascínio pelas viagens. Cecília Meireles nasceu órfã de pai – morto três meses antes – no Rio de Janeiro, e perdeu a mãe aos 3 anos. Foi a única remanescente de quatro irmãos. Mas, segundo sempre disse, essa infância de menina sozinha deu a ela coisas que parecem negativas e foram sempre positivas: silêncio e solidão. “Se há uma pessoa que possa arrancar de sua infância uma recordação maravilhosa, essa pessoa sou eu”, afirmou.
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Cecília escreveu o primeiro verso aos 9 anos. Aos 18, professora formada, escreveu o primeiro livro, Espectros, e foi discriminada por não adotar as inovações do modernismo. Preferiu continuar com as raízes no lirismo tradicional. Com vários interesses e aptidões, ela se dedicou à educação, estudou o folclore, fundou bibliotecas, comandou um programa sobre literatura no rádio, fez conferências e viagens. Também traduziu obras de Ibsen, Tagore e Garcia Lorca, enquanto vários de seus livros foram vertidos para mais de dez idiomas. Foi casada com o artista plástico Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas, e com o educador Heitor Grillo.
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